O título desta matéria é audacioso e modesto, mas quando se trata de um trabalho cinematográfico de alta qualidade, merece grandes elogios. O diretor Matt Revves produziu uma obra-prima em 2017 com ‘Planeta dos Macacos: A Guerra‘, para fechar uma trilogia iniciada por ‘A Origem’ (2011) e ‘O Confronto’ (2014).
Houve vários cuidados na característica dos mamíferos. Pode-se dizer que os atores vividos doaram parte das suas feições e semblantes aos personagens. Andy Serkis merece ser ovacionado como o líder César e receber um prêmio à sua altura desde que deu vida a Gollum, em ‘Senhor dos Aneis’. Sua representatividade é humana demais, e faz o espectador se identificar com as dores, a vingança, o amor e o ressentimento de César.
Os amigos de César também são ricos de atitudes: Maurice é fiel tem um coração giantesco; Rocket e Luca são mais observadores, e o estreante Bad Ape é o hilário-triste. Bad Ape é um macaco sofrido pela vida, sabe lidar com suas fragilidades através de suas atitudes atrapalhadas. Ele é o verdadeiro respiro cômico diante da guerra que acontece na Terra. Do lado humano, Woody Harrelson escorrega em alguns momentos como o Coronel, procurando o tom certo de ser o vilão, mas acha a maneira correta quando fica mais “humanizado”. Por sinal, um fim bem construído para o seu personagem.
Em termos fotográficos, seja pela escuridão da guerra ou pelo colorido do deserto e das paisagens na neve, ‘Planeta dos Macacos’ não poupa no brilho visual. Não assisti em 3D, mas já ouvi vários relatos de que não deixa a desejar.
‘Planeta dos Macacos’ tem cerca de 140 minutos de duração inotável. O filme começa apresentando seus personagens de forma silenciosa, já pela metade, há uma grande virada triunfal. O melhor do ‘Planeta dos Macacos’ é que todos os personagens, seja de qualquer espécie, são compreensíveis de pena, de ódio e de amor, como nós.
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