Interatividade, jurados carismáticos (Paulo Miklos, Di Ferrero, Alinne Rosa e Rick Bonadio), a primeira edição do X Factor Brasil chega à telinha nesta segunda-feira, 29, na Band, às 22h30, e deve chamar atenção do público nos 26 episódios agendados para a atração, onde apenas um será o vencedor.
Não muito longe da edição brasileira, em 2014 ocorreu a versão portuguesa e lá contou com a brasileira Jéssica Campos, atualmente conhecida como Jéssica Maya. Para entrar no clima, o Opinião Cult conversou com a cantora brasileira que falou sobre sucesso, sobre o programa, os realities shows musicais e muito mais. Confira:
O.C: Como você chegou ao X Factor Portugal?
Jéssica: Eu vim para Portugal em 2014, ver minha família e conhecer alguns primos que eu ainda não conhecia pessoalmente. Meus avós são portugueses. Meu avô é falecido, e minha vó vive no Brasil há anos. Chegando aqui, pude gravar uma música autoral com a ajuda de um dos meus primos que é músico também. Quando os amigos músicos brasileiros souberam que eu estava em terras portuguesas entraram em contato e me indicaram alguns músicos do país para que eu pudesse realizar parcerias e fazer amizades. E com isso fui chamada para gravar um feat para o disco de trabalho da cantora Jéssica Portugal. Além da Jéssica e da sua irmã Ruth Marlene eu conheci a cantora Filipa Portugal que tinha participado do programa X Factor Portugal no ano de 2013. Ela sugeriu que eu me inscrevesse no programa. No teste eu cantei uma canção chamada Let’s Stay Together do cantor e compositor Al Green. A produção gostou e pediu que eu repetisse a música no segundo teste de vídeo e no próximo teste, que seria ao vivo no teatro já para os jurados do programa e todo o público. Tinha muita gente boa participando. Eu contei para a produção a minha história luso-brasileira, e acho que além da voz eles gostaram de saber de tudo o que eu passei na vida até chegar ali. Recebi os 4 sim dos jurados e assim passei para as outras fases.
Como foi a sua passagem pelo programa?
Depois de ter passado pelo teste com os produtores, o teste de vídeo e o teste com os jurados que me fez entrar para os finalistas da categoria adultos, eu fui para a próxima fase que era a fase dos grupos. A produção formou os grupos e escolheu as músicas para cada grupo formado. Nos deu um dia para ensaiarmos em grupo e cada um do grupo escolheu o trecho da música que fosse preferido. Eu escolhi o primeiro trecho, pensei que fosse bom eu começar para não ficar nervosa depois. E deu certo a minha escolha. Depois colocaram um professor de dança e expressão corporal para nos instruir de quais movimentos deveríamos realizar durante a atuação. A produção escolheu um rock da Banda AC-DC para o desespero total do grupo que não tinha como forte o Rock como gênero musical. Talvez pela minha aparência e jeito de me vestir acharam que o rock era o meu caminho no programa.
De qualquer forma, dei o meu melhor. Decorei a música numa noite e cantei. Fui a única a passar do grupo, E me senti triste pelos amigos, pois sei que eles eram bons. A música é o que não os favoreceu. Tínhamos que cantar no tom original da música, o que me ajudou por ter um timbre mais forte. Nessa fase dos grupos saiu muita gente boa. É só ficaram os finalistas da categoria adultos que agora eram apenas 13 contando comigo.
Então fomos para outro teste no teatro, que era o teste das cadeiras. Nesse teste iríamos cantando e os jurados e o público decidiam quem ocupava uma das cadeiras. Eram apenas 4 cadeiras e 13 finalistas nessa disputa. Eu cantei uma música sugerida pela produção do Guns n’Roses. E acabei não entrando para os 4 finalistas. Na época eu sendo brasileira fiquei muito feliz de já ter chegado entre os treze e conhecer através do programa cantores incríveis! A grande ganhadora foi a Kika.
Você colheu algum fruto da sua participação no X Factor Portugal?
Quando voltei ao Brasil, a produção entrou em contato comigo, pois um programa de TV da SIC e a revista TV Guia queriam combinar uma entrevista comigo. Eles não sabiam que eu já estava no Brasil. Foi muito bacana o retorno que eu tive. Acabei fazendo a entrevista para a revista por telefone. Quando voltei no ano seguinte a Portugal, fiz mais entrevistas em rádios. Algumas eu fiz ainda estando no Brasil por via Skype. Participei de uma banda aqui em Portugal e agora canto em hotéis e resorts pelo Algarve. Fiz shows em Londres e outros países e retorno agora ao Brasil no dia 05 de novembro para um show no restaurante espetinho etc. que fica em frente ao metrô da barra.
Atualmente você mora em Portugal. A participação no programa influenciou na decisão de morar no país?
Não. Não foi o programa em si que influenciou nesta decisão. Gosto do País, das praias do Algarve, do fado, das pessoas. Eu saber que minhas raízes familiares estão aqui, isso contou bastante. Mas o trabalho que eu consegui aqui e outras conquistas ajudaram muito isso acontecer. Além de que, aqui um agente para cuidar da carreira é mais fácil de conseguir, e a facilidade de ir para TV mostrar um trabalho autoral sem ter que precisar pagar também.
“O mais legal das experiências de um reality show são essas amizades que você faz durante o programa e que ficam pra vida inteira.”
Quando você soube que iriam produzir o X Factor Brasil, deu vontade de vir participar?
Eu tenho amigos que participaram de reality show comigo no Brasil e que se inscreveram para o X Factor. Bateu aquela vontade sim. De tentar mais uma vez, de estar com eles e de poder cantar com eles. O mais legal das experiências de um reality show são essas amizades que você faz durante o programa e que ficam pra vida inteira. Você acaba vendo a força de vontade dos outros cantores mostrando o talento. Isso me contagia, me dá força, dá energia. Não é só mostrar o trabalho na TV, mas poder estar com pessoas que partilham o mesmo ideal e a mesma vontade de vencer. Inclusive, estou na torcida por eles. Gabriel Camilo, que participou da seleção do The Voice Brasil comigo em 2012, e Thaylom que participou do ‘Ídolos’ comigo.
Aqui no Brasil, muitos cantores que já participaram de reality shows musicais têm tentado novas chances em outros programas. O que você acha desse movimento?
Acho válido! Os realities shows abrem a oportunidade de mostrarmos na TV de graça o nosso talento. As pessoas começam a nos seguir nas redes sociais, a achar os nossos vídeos de trabalhos autorais. De repente você pode sair ganhador do programa e gravar seu disco e assinar um contrato de trabalho. Conseguir um bom empresário, alguém que invista na carreira. Eu apoio essa forma de exposição.
Você sente falta do Brasil?
Sim sinto. Mas, pretendo viver aqui e no Brasil. Ficar alguns meses do ano aqui e outros no Brasil. O povo brasileiro é muito alegre, divertido, adora música, adora dançar e prestigiar seus artistas preferidos. Acho que o X Factor Brasil vai revelar grandes músicos. O nível de audiência de reality shows aí no Brasil é bem maior do que o nível de audiência daqui.
Deixe uma mensagem para os leitores do Opinião Cult:
Não importa qual seja o seu trabalho, mesmo que a batalha seja dura todos os dias, que tenham pedras e espinhos pelo caminho, se você faz o que gosta nunca desista! A sua vitória só vai ser conquistada se você gostar do que faz e procurar colocar amor em tudo.
**Texto de Waldair Santana
QUER ESCREVER PARA O OPINIÃO CULT?
Clique aqui e saiba mais. Participe!